quarta-feira, 8 de junho de 2011

Minha Coleção - CDs

Espero que curtam xD

Janis Joplin - 18 Essential Songs
  
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon



Led Zeppelin - Led Zeppelin III
Este álbum não existe! WTF! Tava por R$10 nas Americanas, só tinha ele, Deus Metal devia ter enviado pra mim, então comprei xD Então, não notem a qualidade da foto, minha câmera não é boa
AC/DC - If You Want Blood You've Got It
AC/DC - Flick Of The Switch
AC/DC - Live
Iron Maiden - Somewhere Back In Time
Bon Jovi - One Last Wild Night  (Era pra ser a foto do CD, mas é a mesma imagem... Acho que só existe de verdade o DVD, mas eu tenho o CD... das Americanas,outro presente de Deus Metal

50 Anos de Rock Live
Scorpions - Sting In The Tail
Within Temptation - The Heart Of Everything
Within Temptation - The Unforgiving
Estão aí meus CDs! Depois posto a coleção de DVDs de música!

sábado, 4 de junho de 2011

Diálogo Infantil

-Papai, o que é esta coisa...?

O pai, que até aquele momento olhava embevecido como era incrível o seu pequeno de cinco anos escrevendo pequenas palavras na sua letra torta e hesitante, acordou de sua contemplação sem entender o filho.

-Que coisa, rapazinho?

-Ah...eu não sei fazer você entender...é essa coisa que fica passando...em volta da gente...

-Uma coisa passando em volta da gente? Você quer dizer o ar, o vento?

-Não, não, não! É mais grande, mais forte que o vento!

-Mais forte que o vento?

-Papai, pare de repetir o que tô falando! Assim você não vai responder nada pra mim!

Provavelmente era pai de primeira viagem, devia ter sido avisado muitas vezes sobre os questionamentos da curiosadade das miniaturas de gente que tudo querem saber, dando-lhe a ideia de que seriam perguntas difíceis de fazer seu filho compreender, não o contrário.

Suspirando de impaciência diante do silêncio estarrecido do pai, o garoto insistiu:

-Papai, você sabe do que eu tô falando... é essa coisa, diferente, uma força... Eu sinto essa coisa passar por mim e sei que é ela que deixa as coisas nos seus lugares... Entende, papai?

O menino se esforçara muito para tentar explicar sua dúvida, parando para pensar e engelhando a testa. O que dissera deixara o pai ainda mais confuso, tornando a cena um tanto hilária. Pai e filho, muito parecidos e com as testas engelhadas, se encaravam e era como se olhassem reflexos de um espelho do passado e futuro.

O garoto pareceu desistir e voltou a escrever palavras repetidas no caderno de caligrafia. Diante disso, o pai baixou a cabeça, pensativo.

Pouco tempo depois, o pequeno resolveu ser mais ousado na sua filosofia infantil:

-Papai, essa coisa... ela é Deus?

Logo após passar o choque ante a capaciade daquela cabecinha, o rosto do pai mostrou compreensão. Era simples a dúvida do garoto. Ele descobria aquela magia que explicava o que a complexa racionalidade da ciência (não desenvolvida na lógica sincera das crianças), não podia nem mesmo compreender, aquela magia que rege o mundo, dá tanta beleza a tudo, leva morte a alguns, mas vida a outros.

Um ser há tão pouco tempo no mundo fazia um homem feito se admirar e sorrir feito bobo.

O suspense agradável da cena foi quebrado pela chegada da garçonete, trazendo a refeição dos dois. Fui distraída por outra garçonete que trazia minha conta. Quando livrei-me do pagamento, a cena singular já tornara-se um simples almoço, ambos concentrados em seus pratos.

Deixei a dupla com suas dúvidas e admirações, imaginando para onde iria toda aquela nossa capacidade inata de perceber o mundo, como fizera o pequeno garoto, ao virarmos adultos tão maduros e inteligentes.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quem tem samba no pé?

Todos estamos cansados de ouvir e de falar do “american way of life”. Virou até clichê. “Ah, Fulano comprou um tênis Nike super caro.” “É, ele só quer ser americano.” Vamos continuar falando mal disso até quando? Ora, agora somos assim, é o mundo globalizado. Aliás, sempre fomos assim. Brasileiro sempre foi tudo, menos brasileiro. Isso de patriotismo só existe na arte mesmo. 

Na época pós-independêndica, Gonçalves Dias adorava falar dos índios, heróis nacionais, mas eles eram tupis e guaranis, nada de Brasil ainda. O que havia no país era Brasil-Portugal, Brasil europeu. Depois, ao longo de muitos anos, viramos Brasil americano. E disso “todo mundo” reclama, mas “todo mundo” não consegue ser de outro jeito. “Todo mundo” não, melhor dizendo, “todo brasileiro”.

E por falar em jeito, “todo brasileiro” adora essa expressão, “o jeitinho brasileiro de ser”, mas “todo brasileiro” não sabe definir tal sentença. Se existir, como é esse tal jeitinho? Deve ser o que os brasileiros são e fazem, mas, daí, temos outra pergunta. O que o brasileiro é e o que ele faz?

Ah! é até fácil responder essa.

Brasileiro come feijoada, panqueca, farofa, spaghetti, vatapá, sushi, baião de dois, sanduíche, toma limonada, chimarrão, café, chá e Coca-Cola.

Brasileiro ouve samba, rock, axé, pop, forró, heavy metal, sertanejo, clássica, chorinho, jazz, bossa-nova, MPB, blues e funk.

Brasileiro é católico, budista, mulçumano, gótico, naturalista, hippie, protestante, judeu e punk.

Brasileiro lê mangá, Shakespeare, Ariano Suassuna, Stephenie Meyer, José de Alencar, Byron, Lima Barreto, Tolkien e Machado.

Brasileiro usa Nike, Adidas, Ipanema, Puma, Havaiana e anda de pés descalços.

Brasileiro é loiro, moreno, pardo, branco, amarelo, negro, azul, laranja, verde e tem os olhos da cor do arco-íris.

Brasileiro é tudo porque esse jeitinho brasileiro é definido por não definir brasileiro nenhum, é definido por essa habilidade nossa exclusiva de misturar o mundo num só país, impedindo que haja um brasileiro igual ao outro, tendo em comum apenas essa alma do Universo, onde cabe tudo.