sábado, 4 de setembro de 2010

Certos constrangimentos

  Um dos momentos mais constrangedores do dia-a-dia é quando você é obrigado a utilizar o banheiro público e só há 2 ou 3 pessoas nele. Nossa, aí acabou tudo de vez.
  Se seu caso for o número 1, é impossível evitar o barulhinho dele caindo no vaso. E (se estiver muito desesperado) quando é o número 2, parece que o "material" dá um mergulho forte para avisar a todos o que se está fazendo ("Oi, estou aqui, se começar a feder, já sabem"). Se for homem, basta entrar numa cabine de vaso para saberem: ou o cara tem algum problema, ou vem barroso por aí.
  Alguns banheiros já evitam esse tipo de situação fazendo com que quando você entre só escute o barulho de um ventilador, ou sei lá o que é aquilo, alto que nem turbina de avião. Seria bom se todos fossem assim, já temos problemas demais para ter que sustentar sujeira e constrangimento ao mesmo tempo.
  Outro desses momentos embaraçosos é quando nossos gases dão sinal de vida em um elevador. Se tiver mais alguém, tudo bem, você provavelmente vai se segurar. Mas se estiver sozinho acaba relaxando e, só para não contrariar Murphy, o elevador para antes do seu andar e uma pessoa entra. Ela sabe, você sabe que ela sabe e ela sabe que você sabe que ela sabe (ufa). Pra lá de tenso.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pobres de espírito

  Certas pessoas com quem esbarramos por aí são engraçadas. Outro dia, semana retrasada, se não me falha a memória, estava passando em frente a uma Casa de Cultura, quando deparei-me com uma cena um tanto quanto indignante. Um rapaz pichava uma obra em um painel na frente da Casa! Não tive dúvidas de ir passar um bom sermão no garoto.
  Me aproximando, pude perceber que ele não tinha mais que 18 anos e era um desses playboys filhinhos de papai. Roupa de marca, correntinha de ouro, relógio "Rolex". Aquilo me encheu de raiva. Logo quem tinha mais condições de saber da importância daquela obra estava fazendo um troço daqueles. O rapaz só percebeu minha presença quando toquei em seu ombro, fazendo-o pular para longe. Tirou os fones do ouvido (por isso não me ouvira) para escutar o que eu falava:
  -Cidadão! - um tom carregado de sarcasmo - posso saber o que está fazendo?
  Ele olhou em volta. Estava tarde, havia apenas nós dois por perto. Depois me analisou bem, como se calculasse minha capacidade de brigar.
  -Você é tira?
  -Não.
  -Então não enche o saco! - Virou-se para o painel, chacoalhando o spray que tinha nas mãos.
  -Você sabe que está cometendo vandalismo?
  -Olha, cara, não te conheço, não devo nada a você.
  -Me chamo Citadino da Silva, e você?
  -Kleber - resmungou.
  -Ótimo, agora nos conhecemos.
  -Amigo, dá o fora, não quero briga.
  -Nem eu. Desejo apenas fazer com que pare com isso.
  -E o que um velho como você vai fazer? Me bater? Até parece.
  -Não, queria lhe falar sobre a importância dessa obra, desse pratimônio público.
  -Dá o fora, mané! Tô pouco me importando com isso. Ora, que saco!
  Antes que eu pudesse fazer algo, ele apertou com força o spray, passando uma linha por todo o painel onde estava a obra.
  -Não faça isso!
  Ele gargalhou para mim, atirando o spray bem no meu rosto e saindo correndo. Fiquei no chão, "curtindo" a dor na minha testa. Aquilo me deixou com um galo por três dias. Não prestei queixa à polícia. Pelas roupas do camarada, ele não passaria mais do que 10 minutos na frente do delegado.
  Esse tipo de acontecimento faz a gente pensar como é triste esses ricos materialmente, mas pobres de espírito. Provavelmente o garoto voltaria a fazer aquilo, sem o menos escrúpulo. E passaria sempre impune. Acho isso uma ironia muito engraçada, afinal, não deveriam ser os cultos ricos um exemplo?

sábado, 24 de abril de 2010

A melhor diversão

O que muitos garotos adolescentes gostam de fazer? Jogar videogame. Nada mais normal do que passar 10 horas em frente de uma tela, segurando um controlezinho e gritando quando acontece algo no jogo que seja ruim, bom, reativamente bom, relativamente ruim... enfim, ficar gritando. Ah, ok, não tem nada melhor pra fazer mesmo, né? Mas daí, chega o ...   Sábadão, churrascão, aniversário do amigão, cervejão... ops, tava lembrando da propaganda da Nova Schin. Bem, continuando, com tanta coisa boa, é de se esperar que o tal adolescente vá aproveitá-las, certo? Errado! O tal amigo aniversariente tem um PS2? Ah, traz pra cá pra gente jogar! O quê!? Ele ganhou um PS3 de aniversário? Opa! Melhor ainda! Hum, tem muita gente aqui, não dá pra jogar todo mundo... não é melhor ir pra piscina? Claro que não, fica um jogando e os outros assistindo! Programão, hein?

Não dá pra entender. O cara passa praticamente todo tempo livre jogando videogame e quando tem a chance de fazer algo diferente, quer jogar mais videogame! Aposto que quando vai pro cinema, fica perguntando se não dá pra controlar o personagem principal do filme e quando tá com a namorada pensa qual seria os botões para beijo de língua, selinho, mão boba...

Ah, qual é? Há diversões fora da tela! Juro a vocês! Passem duas horas longe de algo que tenha a ver com jogo eletrônico e vocês vão ver! 
 

sábado, 17 de abril de 2010

Provas

 Ao longo de nossa existência no Universo, o questionamento sobre deuses sempre se fez presente. Em tempos mais recentes, consolidou-se a crença no Deus cristão, mas, com ela, também surgiram as dúvidas quanto a esse Deus. Muitos pedem provas da existência de um deus. Não posso provar o Deus cristão, pois nem eu o acredito, já que minha fé é fraca diante do choque da maldade dos humanos e não entendo como um Deus tão amoroso respeitaria o livre-arbítrio de uma minoria de seus filhos tendo como consequência a morte de muitos. Não provo esse Deus, mas provo que há algo maior.
 Quer milagre melhor que a transformação de duas pequeninas células em um ser tão complexo como nós? Uma prova maior que a quantidade de vezes que um pequeno beija-flor pode bater as asas em um segundo? Prova maior que o desabrochar de uma flor? A lista é inteminável. Os únicos que não alcançam tais milagres são os humanos, pois o que provoca essa perfeição na natureza é uma força tão grandiosa que nunca conseguiremos entender.
 Tenho pena daqueles que acham que tudo que existe surgiu de um monte de massa se agitando num ponto no meio do nada. Meu pensamento ter surgido "disso"? É mole?
 Ás vezes tenho a chance de admirar um pôr-do-sol, de uma beleza tão progunda que se não houver algo maior, eu e a raça humana somos as coisas mais fracassadas por não conseguirmos nos igualar à beleza de um simples pôr-do-sol. Tem de haver algo maior para que possamos nos satisfazer com esse pequeno papel no planeta, de nada adicionar, apenas destruir.

O jogo da guerra

O chamado da guerra:
-Acordar! HORA DA GUERRA!
Rapidamente, eu e os outros guerreiros nos levantamos da cama e corremos para o campo de batalha. Nosso exército era formado por 8 soldados, 2 tanques de guerra(que chamávamos de torre), dois cavaleiros, dois bispos militares(eu era um deles) e nossos Rei e Rainha.
Uns quatro quilômetros adiante, o adversário tinha um exército igual e vestiam roupas pretas. Nós vestíamos roupas brancas.
A ordem do nosso Rei, uns dos nossos corajosos soldados que ocupavam a linha de frente avançou uns dois quilômetros(era justamente o soldado que estava à frente do rei).
E assim começava o Jogo Da Guerra: XADREZ.
As pretas responderam rapidamente e diretamente. O soldado que fazia frente ao seu rei avançou enfrentando cara a cara nosso soldado. O Rei mandou que o cavaleiro que estava na Ala da Dama(o campo era formado por dois lados: Ala da Dama e Ala do Rei, que se dividia entre a Dama e o Rei)atacar o soldado adversário.
As pretas demoraram um pouco, mas no final resolveram fazer a mesma coisa que nós. O cavaleiro deles atacou nosso soldado.
Eu ocupava o lugar de honra ao lado do rei e fiz menção de mexer-me, mas o Rei me impediu. Quem fez a jogada foi o outro cavaleiro, defendendo nosso soldado. As pretas nos imitaram novamente.
Após várias jogadas, eu já tinha sido colocado para fora do campo por um tanque deles, só sobrou os nossos Rei e Dama e o Rei adversário.
As pretas se rendem.
Vencemos!
Bela vitória, de qual eu tenho orgulho de ter participado!

Dúvida

Um êxtase embate-me
Quando sinto seus olhos em mim
O mundo gira e tontea
Me sinto com poder
Nasce em mim um novo ser

É mirífico um sentimento assim
Que sem pedir licença
Invade meu coração
Acelera meu sangue
Torna-me escrava

Amor, serás?
Não há outra resposta
Que não seja um sim
Que cria esse sentimento
Forte e ímpio
Em meu ser
Amor, serás?