terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sempre há esperança aos desesperançados...

Pela primeira vez tive, hoje, o prazer de encontrar bons álbuns de Rock num local realmente inusitado! Os colecionadores de plantão sempre têm boas histórias para contar sobre esses casos, certo?

Estava voltando para casa com um amigo, quando decidimos parar numa conveniência (aquelas lojinhas, em geral mixurucas, que ficam nos postos de gasolina) para comprar refrigerante. Logo quando entrei, me deparei com uma pequena estante com alguns CDs. Bem, até aí, nada de muuuuito anormal, apesar de não ser tão comum vender CDs em conveniências. Só por não ter o que fazer, fui dar uma olhadinha nas obras-primas que se encontravam na estante. Padre Marcelo Rossi, Edson & Hudson, Bruno & Marrone, Chiclete com Banana, 839075093271 versões diferentes no estilo “O Melhor do Forró”, enfim... apenas sucessos! Até que...

LOL!


Nossa, Raul Seixas! Que legal! O melhor era a etiqueta de R$12,90... Mas não me empolgou tanto a ponto de dar vontade de comprar. Então, deixei no lugar e continuei olhando os outros "últimos sucessos da música sertaneja". Não demorou muito para me surpreender de novo, pois...

OMG!!!


AEROSMITH? Sério? Numa loja de conveniência (e por R$12,90)? Coooooomo assim? Ok, isso foi incrível, minha mão coçou para comprar, mas sabia que era mais animação por encontrar o Nine Lives numa lojinha merreca que só vende porcarias das quais nos sustentamos (refrigerantes, salgadinhos, biscoitos, cerveja, etc) do que realmente pelo álbum em si, afinal, não é um dos melhores da banda. Mas a vida é uma caixinha de surpresas e estava pronta para me pregar mais uma peça quando...

OH MY FUCKING METAL GOD!!!!!


Não pode ser! O Rocks! ROCKS! Numa loja de posto de gasolina! Por R$12,90! Bom demais para ser verdade! Mas era verdade! Sem hesitação, enfiei a mão na mochila para pegar a carteira e... Oh, wait... Cadê minha carteira? Cadê meu dinheiro??? NÃÃÃÃÃÃÃÃO! (deixei essa p**** em casa ¬¬')

Essa deve ter sido uma das maiores decepções da minha vida! Mas não hei de desistir! Amanhã é... opa, é feriado... Então, depois de amanhã é mais um dia e tenho confiança que Deus Metal irá manter as mãos de outros rockers longe daquele álbum, que estará esperando por mim! 

E para explicar o título, também fiz esse post para mostrar aqueles bravos headbangers e rockers que  não conseguem achar álbuns bons e baratos desse estilo tão escanteado no meio mainstream: ainda há uma luz no fim do túnel! Mantenham a fé e Odin irá guiá-los pelo caminho certo! Se sentir uma repentina intuição de comprar balinha de laranja na quitanda da esquina, não recue! Pode ser nosso Deus Metal guiando-o para  o que pode se tornar um tesouro na sua vida! 

domingo, 30 de outubro de 2011

Música de fundo


A velocidade com que informações são transmitidas de um ponto do globo ao outro é incrível ao pensamos no passado, o que trouxe impactos enormes para a indústria musical, bons e ruins (alguns aspectos sobre isso o Profeta Rocker, do blog A Bíblia do Rock, já discutiu bastante aqui e aqui). Um desses impactos é a crescente queda na venda de CDs. Atualmente, é mais fácil enfiar milhares de músicas no computador e passar para o iPod 64 GB do que comprar álbuns. Isso muda o modo como escutamos e valorizamos a música.

É inegável que reprodutores portáteis de MP3 ampliaram as possibilidades dos amantes da música. Pode-se ouvir um pouco de Janis enquanto está no ônibus, um pouco de Iron na fila do banco, algo de Angra enquanto espera o namorado(a) atrasado(a), levar as melhores vozes de Ópera numa viagem longa, enfim, inúmeras novas formas de ouvir música. Mas, será que estamos mesmo apreciando a música como deveria?

Confesso que de vez em quando coloco algo para tocar só para preencher o silêncio, sem prestar real atenção ao que entra nos meus ouvidos. Não vejo muito mal nisso, afinal, é difícil encontrar tempo para dar o devido reconhecimento a todas as músicas que ouvimos. O problema é quando só escutamos assim.

Para algumas pessoas, todos os filmes, livros, músicas, programas de TV, trabalho, poderiam ser desfrutados apenas pelo computador. E isso acontece bastante com a música. Baixar uma faixa, álbum, ou até mesmo comprar, via internet não é algo difícil, podemos fazer isso com vários no mesmo dia. Essa facilidade faz com que aqueles álbuns não sejam tão valorizados, portanto não são absorvidos, acabam virando música de fundo para o que quer que o ouvinte esteja fazendo.

 Nós tendemos a valorizar mais o que é palpável, diferente dos bits da vida. Tenho um carinho especial pelos meus CDs, que são poucos, pois representam, para mim, o real trabalho do artista. Acredito que a arte do álbum, o encarte, fazem parte da obra, e sem o CD não podemos fruir totalmente da produção dos artistas. Porém, tento ao máximo não diminuir o prestígio pelos álbuns que só se encontram na forma de bits no meu computador e celular. Esse é o cuidado que devemos ter, para a música não acabar sendo algo superficial.

OBS: Esse post foi baseado num dos Blogs do Além, o do Jim Morrison

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Apaixonados somos todos bobos

Geralmente eu só gosto de postar quando tenho um texto bem consistente e graaaaande, mas, dessa vez senti vontade de falar sobre como eu (e tantos outros) sou hipócrita sem muitas linhas. Estava assistindo o filme "Cartas para Julieta" e fiquei refletindo, durante o filme, como nele havia centenas de clichês românticos e dava para preceder do início ao fim o que acontecia em cada cena.

É, filminhos água-com-açúcar são chatos.

Mentira.

Filmes água-com-açúcar são chatos quando você não está apaixonado. E como o ser humano é um ser que se apaixona, filmes água-com-açúcar fazem sucesso. Qualquer arte água-com-açúcar faz sucesso. E eu odeio isso porque é criado um mercado em torno da nossa fragilidade emocional durante paixões, se aproveitando para captar nosso dim-dim. Mas eu sou hipócrita. Eu amando sou um clichê sem fim. Isso sou eu amando:

Eu acho que estou apaixonada.
Não sei.

Sonhar quase todos os dias em estar com você,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Passar o dia pensando em como você está,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Querer te contar cada detalhe da minha vida,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Supor que tantas outras pessoas estão apaixonadas por você,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Ficar feliz com um sorriso seu,
Ainda que seu sorriso não me pertença,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Escrever tantos clichês românticos,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Escrever tantos clichês românticos e não sentir nojo,
É estar apaixonada?
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada.

Escrevi tantos clichês,
Deveria vomitar um arco-íris.
Não quero.
Não vou.
Porque acho que estou apaixonada.
Quero morrer.
Não, vou ficar.
Para te ver de novo.

Queria te mostrar isso.
Você me acharia romântica?
Você gostaria de eu ser romântica?
Você saberia que “você” é você?
Isso seria bom. Ou ruim.
Não sei.
Eu acho que estou apaixonada
Droga.
Me apaixonei.


Os não apaixonados quase vomitaram xD
Pois é, por isso sou hipócrita, porque até letra de Restart se torna bonitinha para mim quando estou amando (mentira, exagerei).

(Dois posts no mesmo dia? Que inspiração! Ainda bem, pelo menos uma vez no mês ela vem me dar um alô!)

Ser ou não ser, não é opção


No dicionário Aurélio, a palavra opção está descrita como o ato ou faculdade de optar, livre escolha. Escolha está definida como preferência, predileção, ato de escolher. Infelizmente essas duas palavras são amplamente utilizadas ao falar-se de sexualidade. Opção sexual. Escolha sexual. Já pararam para refletir sobre o real significado dessas expressões? Sobre como elas expressam que por quem nos apaixonamos ou sentimos atração é uma prova de múltipla escolha na qual podemos marcar o X como bem entendemos? Não há coerência nesse pensamento quando pensamos sobre o quanto homoafetivos sofrem quando expostos a sociedade, sendo esta ainda preconceituosa e temerosa em relação ao desconhecido. Como alguém poderia querer viver se escondendo boa parte da sua vida ou sendo agredida verbal e fisicamente?

O filme “Rezando por Bobby”, baseado em fatos reais, retrata de forma bastante cativante e comovente a história de Bobby Griffith, jovem que se descobre homoafetivo e trava uma luta contra si mesmo, influenciado pela família, principalmente a mãe, tentando mudar-se através de orações, terapia, frequentação de igrejas, entre outras atitudes. Esta luta culmina no suicídio do jovem. A partir de então, sua mãe, Mary, começa a tentar entender seu filho, tornando-se uma grande ativista da PLFAG, associação estadunidense destinada a pais e familiares de homoafetivos. Infelizmente, apesar de toda contribuição de Mary Griffith, já era tarde demais para Bobby. Há muitos outros que vivenciaram e vivenciam situações como as do jovem Griffith, é uma boa parcela da população. Sem contar aqueles indivíduos que, ou por não conseguirem ou por não terem condições, não se assumem, é estimado em cerca de 10% a população homoafetiva, de acordo com estudos admitidos pela ONU e pelo IBGE.

A associação americana de psicologia (American Psychological Association), organização que representa os psicólogos estadunidenses, diz não haver estudos conclusivos sobre a origem da orientação sexual dos indivíduos, mas grande parte dos cientistas entra em consenso de que a orientação sexual surgiria de diversos fatores biológicos, sociais e psicológicos desenvolvidos nos primeiros anos de vida. Esta mesma associação, em 1990, definiu que terapias para conversão de orientação sexual não funcionam e trazem mais malefícios do que benefícios.

De acordo com a psicanálise, Freud diz que se a homoafetividade é tida como mistério, assim também o deve ser a heteroafetividade. Segundo Freud, todos nascemos bissexuais, e o que irá definir a orientação monossexual são fatores externos, inerentes ao indivíduo, ao longo do seu desenvolvimento. Nas duas visões científicas, não há opção. Não há escolha.

É absurdo pensar que seres humanos absolutamente normais possam escolher a dor, o sofrimento, a rejeição, o preconceito, o segredo e até mesmo a morte, em casos mais extremos. Por isso, antes de utilizar a expressão “opção sexual” ou “escolha sexual”, pensem um pouco sobre a força que as palavras opção e escolha têm neste contexto. Pode parecer pouco, mas uma simples troca de palavras em nosso vocabulário é um grande passo para mudar a mentalidade da nossa sociedade e para que esta evolua mais e mais em questões humanas.

Marina Oliveira


Uma parte particulamente emocionante do filme "Rezando por Bobby": 

 


Para finalizar, uma foto que eu acho muita fofa e verdadeira ^^


Pois é, aí está o meu post mensal, já que, infelizmente, minha cabeça só pensa uma vez ao mês e olhe lá xD
 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Minha coleção - DVDs

Agora... minha coleção de DVDs de música. Tem umas coletâneas que não são oficiais, alguns piratas (mas vocês não sabem de nada!) e os originais. Não é uma coleção muito boa pois ainda não me foquei em começar pra valer a ir atrás de DVD, só que ainda assim acho que vale a pena mostrar ^^

Originais não-oficiais

Iron Maiden - Best Hits Collection

















Uma coletânea com alguns hits da Donzela, espalhados por várias apresentações diferentes. O mesmo vale para o do Queen.                                                                             
Queen - Best Hits Collection
 Piratex!

Crossroads Guitar Festival 2010


Queria ter esse original, ainda não assisti completo, é bem grandinho, tanto que é duplo. Há vários nomes da música além do Eric Clapton, como ZZ Top, B.B.King, Jeff Beck, entre outros.













Carlos Santana Plays Blues At Montreux 2004


Um dos maiores performes e guitarrista da música. Sem mais.

















Experience Hendrix


Uma reunião de grandes músicos, tanto do Blues quanto do Rock, tocando inesquecíveis canções desse cara tocador de fogo em guitarra que deixa sua influência até hoje.
















Queen - Rock Montreal
Uma das apresentações mais divulgadas atualmente do Queen, e não é à toa.
















Originais

The Doors Are Open
Esse DVD é/era da minha mãe antes da minha conversão, quando me apropriei dele. Além de um show muito foda, trás algumas informações sobre a banda, uma espécie de documentário.










Red Hot Chili Peppers - Live At Budokan

Uma boa apresentação, com músicas tanto do Red Hot antigo, quanto o do Californication.

















Titãs Ao Vivo


MTV + Titãs = Não é True, hein? xD Mas eu gosto!

















Pink Floyd - The Wall



Bem, esse é o filme do Roger Waters cuja essência é o álbum, do Pink Floyd, The Wall, considerado uma Ópera-Rock, por isso resolvi incluí-lo como DVD de música.
















AC/DC - Video Clip Collection




Os mais conhecidos hits do AC/DC em apresentações ou videoclipes.

















MTV O Melhor do Acústico



Uma seleção com artistas brasileiros dos mais variados estilos, de MPB a Rock.

















Bem, tá aí o que achei que valia a pena mostrar dos meus DVDs. Depois vou postar alguns álbuns que adquiri desde o post da Minha Coleção de CDs.          

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um trecho interessante de se ler

Vou tentar explicar esse trecho pra tentar fazer vocês captarem o que ele expressa... É de um livro chamado "O Dia das Formigas", o segundo da trilogia "O Império das Formigas". No livro um grupo de humanos descobre como se comunicar com as formigas, que são seres pensantes como nós. Algumas observações importantes para a leitura: o "nome" das formigas são dados por números ordinais e os humanos são chamados pelas formigas de Dedos.  Nesse trecho eles perguntam o veredicto de uma das formigas sobre ajudá-los a chegar numa "cidade-formigueiro" para fazer um negócio lá desimportante para o post. Para decidir entre ajudá-los ou não, a formiga quer conhecer melhor a civilização humana para saber se vale a pena. Assim, colocam-na para assistir uma mini-TV para avaliar os humanos. E aí é o que acontece quando ela termina essa avaliação:

(O que tá em itálico é a conversa entre os humanos e a formiga. Emissão representa a fala dos humanos e Recepção da formiga)

"Emissão: Está disposta agora a nos guiar até Bel-o-kan?, ela perguntou a 103ª.

Houve um instante de silêncio, durante o qual o coração de Letícia bateu com toda a força. A seu lado, os outros também esperavam ansiosos o veredicto mirmecoano...

Recepção: Querem então saber qual o meu veredicto? Está bem. Creio já ter visto o bastante para poder julgá-los.
 
Ela desviou a cabeça da tela da televisão e se postou sobre as patas traseiras.

Recepção: Não vou dizer que os conheço perfeitamente, é claro, a civilização de vocês é tão complicada... mas...  na verdade, já pude me dar conta do essencial.
 
Ela os fazia esperar, esmerava-se na expectativa que queria criar. 103ª era realmente experiente no que se referia à manipulação dos indivíduos.

Recepção: A civilização de vocês é muito complicada, mas vi o bastante para compreender o essencial. Vocês são animais perversos, desrespeitosos com relação a tudo que os circunda, unicamente preocupados em acumular o que chamam “dinheiro”. Suas retrospectivas históricas são horríveis: apenas sucessões de mortes em maior ou menor escala. Primeiro vocês matam e depois discutem. Da mesma maneira que vocês se autodestroem e destroem a natureza.
 
As coisas começavam mal. Os três seres humanos não tinham previsto tanta dureza.

Recepção: Há, no entanto, em vocês coisas que me fascinam. Ah! Os seus desenhos! Gostei, sobretudo de um Dedo...Leonardo da Vinci. A ideia de fazer desenhos para mostrar a sua interpretação do mundo e fabricar objetos inúteis unicamente pela beleza estética é fabulosa! Como se fabricássemos perfumes não simplesmente para comunicar, mas só pela felicidade de respirá-los! Essa beleza gratuita e inútil que vocês chamam de “arte” é a vantagem que têm sobre a nossa civilização. Não temos nada assim em nossas cidades. A civilização de vocês é rica em arte e em paixões inúteis. 

Emissão: Concorda então em nos conduzir a Bel-o-kan?

A formiga ainda não queria responder.

Recepção: Antes de chegar a vocês, encontrei baratas. E elas me ensinaram coisas. A gente gosta de quem é capaz de gostar de si, a gente ajuda quem tem vontade de ajudar a si mesmo...


Agitou as antenas, segura de si e da força dos seus argumentos.
    
Recepção: É esta a questão que me parece importante. No meu lugar, julgariam positivamente a própria espécie?

Essa não! Não se devia, é claro, fazer a pergunta a Letícia Wells. Nem a Arthur Ramirez.

A formiga prosseguiu tranquilamente o seu raciocínio:
   
Recepção: Vocês compreendem? Gostam de si mesmos a ponto dos outros terem vontade de gostar de vocês?
   
Emissão: Bem...
   
Recepção: Se não gostam de si mesmos, como podemos esperar que um dia gostem de seres tão diferentes quanto nós?
   
Emissão: Quer dizer...
   
Recepção: Estão procurando os feromônios certos para me convencer? Não procurem mais. As explicações que eu esperava de vocês a televisão me deu. Vi documentários, reportagens em que Dedos se ajudavam mutuamente, vinham de ninhos distantes para socorrer outros Dedos, em que Dedos rosados cuidavam de Dedos marrons. Nós, formigas, como nos chamam, jamais faríamos o mesmo. Não socorremos os ninhos afastados nem socorremos formigas de outras espécies. Além disso, vi publicidades de ursinhos de pelúcia. São apenas objetos e, no entanto, Dedos lhe fazem carinhos e beijam. Os Dedos têm então um excedente de amor para dar.
   
Eles podiam esperar tudo, exceto isso. Não que a espécie humana seduzisse um não-humano graças aos desenhos de Leonardo da Vinci, aos médicos aventureiros e aos ursinhos de pelúcia!
  
Recepção: Isso não é tudo. Vocês cuidam bem das suas crias. Esperam que os Dedos do futuro sejam melhores que os de hoje. Aspiram ao progresso. São como nossas soldadas, que se sacrificam para fazer uma ponte pela qual passarão as irmãs, para atravessar um rio. As jovens vão conseguir passar e, para isso, as anciãs estão dispostas a morrer. Sim, tudo que vi, filmes, noticiário e publicidade, lamentava serem apenas o que são, mas mantinha a esperança de melhorarem. E dessa esperança nasce o “humor” de vocês, nasce a “arte”...
   
Letícia tinha lágrimas nos olhos, Fora preciso uma formiga lhe explicar a espécie humana para que aprendesse a amá-la. Depois do discurso de 103ª, ela nunca mais seria a mesma. Sua humanofobia acabava de ser curada por uma formiga! Teve repentinamente vontade de conhecer melhor seus contemporâneos. É verdade que alguns eram formidáveis. Aquela formiga tinha compreendido isso com algumas horas de televisão, enquanto ela passara a vida inteira sem perceber.”

(Werber, Bernard. O dia das formigas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. p. 422-424)

FÉRIAS!

SIM, FÉRIAS!

Como o próprio título e essa exaltação em cima sugerem, eu estou de férias! Por um mês nada de pensar em colégio! Só sol, sombra, água fresca e \m/

Decidi fazer esse pequeno post só pra marcar esse dia importante na minha vida, que só acontece duas vezes ao ano, o primeiro dia de férias. Acho que a maioria dos estudantes que vão ler já vão estar de férias também...

Ficar de férias é como "tirar as botas". Quando digo essa expressão estou me referindo a uma parte do livro de Machado "Memórias Póstumas de Brás Cubas", onde ele diz:

"Deixei-o nessa reticência, e fui descalçar as botas, que estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro."

Relacionando as duas coisas, você passa um tempão tendo aula, até que chegam as férias e o alívio é simplesmente uma felicidade pura! Se não fossem as aulas, não valeria de muita coisa ficar de férias, não haveria aquela sensação de "descalçar as botas". Por isso continuamos nos torturando, voltando pros malditos colégios, pondo novamente as botas apertadas pra ter o prazer de tirá-las depois xD

Não levem esse post a sério, é só pra falar merda comemorando a chegada das benditas férias!

Fechando com chave de ouro, não podia ser outra coisa além de:


SCHOOOOOOOOOL IS OUT 
FOR SUMMER!
SCHOOOOOOOOOL IS OUT
FOREVER!
(pena que não é forever, mas só um tempinho já tá bom xD)


 


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Minha Coleção - CDs

Espero que curtam xD

Janis Joplin - 18 Essential Songs
  
Pink Floyd - The Dark Side Of The Moon



Led Zeppelin - Led Zeppelin III
Este álbum não existe! WTF! Tava por R$10 nas Americanas, só tinha ele, Deus Metal devia ter enviado pra mim, então comprei xD Então, não notem a qualidade da foto, minha câmera não é boa
AC/DC - If You Want Blood You've Got It
AC/DC - Flick Of The Switch
AC/DC - Live
Iron Maiden - Somewhere Back In Time
Bon Jovi - One Last Wild Night  (Era pra ser a foto do CD, mas é a mesma imagem... Acho que só existe de verdade o DVD, mas eu tenho o CD... das Americanas,outro presente de Deus Metal

50 Anos de Rock Live
Scorpions - Sting In The Tail
Within Temptation - The Heart Of Everything
Within Temptation - The Unforgiving
Estão aí meus CDs! Depois posto a coleção de DVDs de música!

sábado, 4 de junho de 2011

Diálogo Infantil

-Papai, o que é esta coisa...?

O pai, que até aquele momento olhava embevecido como era incrível o seu pequeno de cinco anos escrevendo pequenas palavras na sua letra torta e hesitante, acordou de sua contemplação sem entender o filho.

-Que coisa, rapazinho?

-Ah...eu não sei fazer você entender...é essa coisa que fica passando...em volta da gente...

-Uma coisa passando em volta da gente? Você quer dizer o ar, o vento?

-Não, não, não! É mais grande, mais forte que o vento!

-Mais forte que o vento?

-Papai, pare de repetir o que tô falando! Assim você não vai responder nada pra mim!

Provavelmente era pai de primeira viagem, devia ter sido avisado muitas vezes sobre os questionamentos da curiosadade das miniaturas de gente que tudo querem saber, dando-lhe a ideia de que seriam perguntas difíceis de fazer seu filho compreender, não o contrário.

Suspirando de impaciência diante do silêncio estarrecido do pai, o garoto insistiu:

-Papai, você sabe do que eu tô falando... é essa coisa, diferente, uma força... Eu sinto essa coisa passar por mim e sei que é ela que deixa as coisas nos seus lugares... Entende, papai?

O menino se esforçara muito para tentar explicar sua dúvida, parando para pensar e engelhando a testa. O que dissera deixara o pai ainda mais confuso, tornando a cena um tanto hilária. Pai e filho, muito parecidos e com as testas engelhadas, se encaravam e era como se olhassem reflexos de um espelho do passado e futuro.

O garoto pareceu desistir e voltou a escrever palavras repetidas no caderno de caligrafia. Diante disso, o pai baixou a cabeça, pensativo.

Pouco tempo depois, o pequeno resolveu ser mais ousado na sua filosofia infantil:

-Papai, essa coisa... ela é Deus?

Logo após passar o choque ante a capaciade daquela cabecinha, o rosto do pai mostrou compreensão. Era simples a dúvida do garoto. Ele descobria aquela magia que explicava o que a complexa racionalidade da ciência (não desenvolvida na lógica sincera das crianças), não podia nem mesmo compreender, aquela magia que rege o mundo, dá tanta beleza a tudo, leva morte a alguns, mas vida a outros.

Um ser há tão pouco tempo no mundo fazia um homem feito se admirar e sorrir feito bobo.

O suspense agradável da cena foi quebrado pela chegada da garçonete, trazendo a refeição dos dois. Fui distraída por outra garçonete que trazia minha conta. Quando livrei-me do pagamento, a cena singular já tornara-se um simples almoço, ambos concentrados em seus pratos.

Deixei a dupla com suas dúvidas e admirações, imaginando para onde iria toda aquela nossa capacidade inata de perceber o mundo, como fizera o pequeno garoto, ao virarmos adultos tão maduros e inteligentes.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quem tem samba no pé?

Todos estamos cansados de ouvir e de falar do “american way of life”. Virou até clichê. “Ah, Fulano comprou um tênis Nike super caro.” “É, ele só quer ser americano.” Vamos continuar falando mal disso até quando? Ora, agora somos assim, é o mundo globalizado. Aliás, sempre fomos assim. Brasileiro sempre foi tudo, menos brasileiro. Isso de patriotismo só existe na arte mesmo. 

Na época pós-independêndica, Gonçalves Dias adorava falar dos índios, heróis nacionais, mas eles eram tupis e guaranis, nada de Brasil ainda. O que havia no país era Brasil-Portugal, Brasil europeu. Depois, ao longo de muitos anos, viramos Brasil americano. E disso “todo mundo” reclama, mas “todo mundo” não consegue ser de outro jeito. “Todo mundo” não, melhor dizendo, “todo brasileiro”.

E por falar em jeito, “todo brasileiro” adora essa expressão, “o jeitinho brasileiro de ser”, mas “todo brasileiro” não sabe definir tal sentença. Se existir, como é esse tal jeitinho? Deve ser o que os brasileiros são e fazem, mas, daí, temos outra pergunta. O que o brasileiro é e o que ele faz?

Ah! é até fácil responder essa.

Brasileiro come feijoada, panqueca, farofa, spaghetti, vatapá, sushi, baião de dois, sanduíche, toma limonada, chimarrão, café, chá e Coca-Cola.

Brasileiro ouve samba, rock, axé, pop, forró, heavy metal, sertanejo, clássica, chorinho, jazz, bossa-nova, MPB, blues e funk.

Brasileiro é católico, budista, mulçumano, gótico, naturalista, hippie, protestante, judeu e punk.

Brasileiro lê mangá, Shakespeare, Ariano Suassuna, Stephenie Meyer, José de Alencar, Byron, Lima Barreto, Tolkien e Machado.

Brasileiro usa Nike, Adidas, Ipanema, Puma, Havaiana e anda de pés descalços.

Brasileiro é loiro, moreno, pardo, branco, amarelo, negro, azul, laranja, verde e tem os olhos da cor do arco-íris.

Brasileiro é tudo porque esse jeitinho brasileiro é definido por não definir brasileiro nenhum, é definido por essa habilidade nossa exclusiva de misturar o mundo num só país, impedindo que haja um brasileiro igual ao outro, tendo em comum apenas essa alma do Universo, onde cabe tudo.


domingo, 8 de maio de 2011

Desamparo

Quando penso em ti, vem até mim
A vonta'de cair em sono profundo
Pois apenas nos meus sonhos surreais posso realizar
Meus loucos desejos de te glorificar

Em minhas mãos pego teu rosto tecido por anjos
Inspirados na sabedoria divina
Quando esta planejou tudo que há de belo

Encaro teus olhos, mares profundos,
Mistério, que não quero descobrir
Pois se visse tão em alma viva
O nada que nutre por mim
Decerto cairia em desespero, esperanças mortas.

Fito a porta de teu amor
Lábios vermelhos, cuja ardência apenas imagino
Aproximo minha boca sem vida
Esperando recebê-la da tua

E num passe de desencanto
Estou sentada na cama
Ainda com o quente de teu rosto nas mãos
As lágrimas caindo, querendo limpar
Esse negro em meu coração